Em entrevista ao Jornal da Energia, publicada na última sexta-feira (17/12), Elbia afirmou que a associação está preocupada com a situação da Bioenergy, já que trata-se de um investimento novo e que o preço definido para os contratos não seria viável. A companhia licitou sete parques de 28,8MW cada, total de 201,6 MW, que integram o Complexo Vento do Norte, no Maranhão. O valor negociado pela empresa ficou um pouco abaixo do preço médio de R$ 87,94 por MWh, que, por sua vez, está 11,65% abaixo do patamar do leilão de reserva 2011, que tinha o menor preço registrado até então. "Trabalhamos com uma taxa interna de retorno (TIR) de 9% a 11%. É uma taxa de retorno real aceitável para os projetos de energia", disse.
Marques aposta na otimização dos custos de implantação e operação dos parques. Também integram a estratégia da Bioenergy a antecipação do cronograma para o início da operação comercial. “Nós antecipamos em seis meses os primeiros projetos”, disse o presidente da empresa, ao acrescentar que o adiantamento das plantas possibilita a venda da energia no mercado livre. “São alguns detalhes que reforçam a viabilidade do projeto”, colocou.
O executivo destacou ainda a transferência para o Maranhão de parte dos seus projetos inicialmente idealizados para serem implantados no Rio Grande do Norte (RN). O presidente afirma que este segundo estado ainda apresenta problemas como atraso de reforço e conexão, sendo que a transferência possibilitaria que o prazo contratual seja mantido – ao todo são quatro projetos de 120 MW.
Cenário Macroeconômico
Para Marques, o patamar de preço alcançado no A-5 é uma "fotografia de um momento de viabilidade". "Enquanto houverem fatores macroeconômicos que justifiquem, o preço continuará baixo", disse.
Entre esses fatores, o executivo cita incentivos fiscais, como a redução do PIS/Cofins, além de taxa de juros atraentes. "O Finame (linha de crédito do setor) cobra 3% de juros ao ano. Considerando uma inflação anual de 5%, trata-se de um juros negativo em 2%, além do mais, a tarifa é reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Há três anos, a taxa de juros era de 11% ao ano", disse.
Marques rebate ainda o argumento da indústria eólica, que alega não ter mais como baixar os preços dos equipamentos para acompanhar a redução de energia. "Um aerogerador é 60% composto por aço. Só existe duas coisas que justificam um aumento de preço, que é a demanda mundial e o preço do aço no mercado internacional", afirmou. O executivo explicou que a demanda global está baixa devido à crise internacional, que atinge com mais força os mercados europeus, além da perda de competitividade da fonte eólica ante o gás de xisto nos Estados Unidos."Esse argumento de que não dá para baixar o preço é discurso dos fabricantes. A eólica é uma cadeia sequencial, as industrias já produzem em larga escala", disse.
Essa série de fatores, aponta o presidente da Bioenergy, faz com que não se justifique que o preço do megawatt implantado no Brasil custe o dobro dos Estados Unidos e bem mais do que na Europa. De acordo com Marques, o patamar seria de US$ 1 milhão para os investimentos norte-americanos e 1,2 milhões de euros para os países europeus. "Por que no Brasil o investimento tem que ser de R$ 4 milhões?", questionou.
"Quando eu vendi energia no mercado livre a R$148 por MWh também falaram que eu quebraria", disse. Para Marques, o resultado do Leilão A-5 deve ser enaltecido e não esquecido, como disse a representante da Abeeólica. "Acho que ela (Elbia) falou como pessoa e não como instituição. Acho que o resultado do leilão deve ser visto pelo lado positivo, já que representa mais um passo para a consolidação da eólica na matriz brasileira", disse.
Fonte: Jornal da Energia 17/12
Para Marques, o patamar de preço alcançado no A-5 é uma "fotografia de um momento de viabilidade". "Enquanto houverem fatores macroeconômicos que justifiquem, o preço continuará baixo", disse.
Entre esses fatores, o executivo cita incentivos fiscais, como a redução do PIS/Cofins, além de taxa de juros atraentes. "O Finame (linha de crédito do setor) cobra 3% de juros ao ano. Considerando uma inflação anual de 5%, trata-se de um juros negativo em 2%, além do mais, a tarifa é reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Há três anos, a taxa de juros era de 11% ao ano", disse.
Marques rebate ainda o argumento da indústria eólica, que alega não ter mais como baixar os preços dos equipamentos para acompanhar a redução de energia. "Um aerogerador é 60% composto por aço. Só existe duas coisas que justificam um aumento de preço, que é a demanda mundial e o preço do aço no mercado internacional", afirmou. O executivo explicou que a demanda global está baixa devido à crise internacional, que atinge com mais força os mercados europeus, além da perda de competitividade da fonte eólica ante o gás de xisto nos Estados Unidos."Esse argumento de que não dá para baixar o preço é discurso dos fabricantes. A eólica é uma cadeia sequencial, as industrias já produzem em larga escala", disse.
Essa série de fatores, aponta o presidente da Bioenergy, faz com que não se justifique que o preço do megawatt implantado no Brasil custe o dobro dos Estados Unidos e bem mais do que na Europa. De acordo com Marques, o patamar seria de US$ 1 milhão para os investimentos norte-americanos e 1,2 milhões de euros para os países europeus. "Por que no Brasil o investimento tem que ser de R$ 4 milhões?", questionou.
"Quando eu vendi energia no mercado livre a R$148 por MWh também falaram que eu quebraria", disse. Para Marques, o resultado do Leilão A-5 deve ser enaltecido e não esquecido, como disse a representante da Abeeólica. "Acho que ela (Elbia) falou como pessoa e não como instituição. Acho que o resultado do leilão deve ser visto pelo lado positivo, já que representa mais um passo para a consolidação da eólica na matriz brasileira", disse.
Fonte: Jornal da Energia 17/12
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