segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Encerrando as atividades

Caros leitores e seguidores deste blog.
Por vários anos, estivemos publicando as principais notícias do mundo das energias alternativas e energias renováveis e atendendo a vocês que nos acompanharam. Todo este trabalho foi realizado de forma voluntária, porém com a escasses de tempo e outros projetos. estamos encerrando as publicações a partir de hoje.
Sentimos muito e agradecemos pelo apoio nestes anos todos.
Abraço
Equipe Blog Energias

Situação de eólicas sem transmissão deve se agravar em 2013

Se não bastassem os parques eólicos (622MW) que deveriam estar injetando energia em 2012 - mas não produzem por causa do atraso na transmissão - em 2013, outros 1,4 mil MW devem agravar ainda mais essa situação. Isso porque os sistemas de transmissão responsáveis por escoar a energia de 50 usinas que apresentam atraso na construção, que podem chegar a 17 meses, segundo o relatório de fiscalização da transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Esses projetos eólicos foram viabilizados em dois leilões realizados em 2010: o de energia reserva e o de fontes alternativas. Portanto, dos 2,1 GW de potência licitados, cerca de 70% correm o risco de não injetar energia no sistema ainda em 2013. Os parques estão localizados nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia.
As Centrais de Conexão Compartilhada (ICGs) funcionam como estações coletoras conectando os parques ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Sendo assim, a ICG João Câmara III (RN) é responsável por conectar a energia de 26 empreendimentos (742,2MW). A construção dessa linha apresenta atraso de 17 meses em relação ao cronograma original. Por sua vez, a ICG Lagoa Nova (RN) responde por oito parques (227,4MW) e está atrasada em oito meses; ICG Ibiapina (CE) responde por cinco projetos (150MW), mas também está oito meses atrasada; ICG Morro do Chapéu (BA) responde por três usinas (90MW) e atraso de seis meses. Por fim, a ICG Igaporá (BA) responde por oito parques (213MW) e está com suas obras atrasadas em 17 meses.
Essas ICGs são de responsabilidade da Chesf, subsidiária do grupo Eletrobras. Já os parques são de empresas como CPFL Renováveis, Dobrevê Energia, Energisa, Impsa, Energimp, Iberdrola, Neoenergia, Renova, entre outras.
Apesar dos atrasos na transmissão, o gerador que comprovar que a usina está pronta para operar, tem garantida a receita prevista para os empreendimentos. No entanto, o consumidor é quem paga a conta, por um projeto que não está produzindo eletricidade para o sistema.
A Chesf, por sua vez, justifica os atrasos alegando acumulo de obras e dificuldade em conseguir licenças ambientais. Impasses com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também contribuem, segundo a empresa, para descompassar os cronogramas.
A criação das ICGs pelo governo vinha no sentido de agilizar o escoamento da energia eólica. Dados aos entraves, porém, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já fala em descartar o uso de ICGs para novas usinas, ou optar por privilegiar os empreendimentos que já possuem estrutura de transmissão.
Fonte: Jornal da Energia 17/01

Fonte eólica atinge 55.890 MW de capacidade na China

A China permanece na liderança como maior investidor mundial em fontes de energia renovável. No ano passado, só no setor eólico, o país registrou um crescimento de 33,9%, tendo atingido 55.890 MW de capacidade instalada até o mês de outubro. As informações são do Climate Connect, instituição britânica que reúne especialistas e pesquisadores em economia verde.
O avanço chinês na implantação das fontes renováveis esteve a frente da média mundial nos últimos dez anos, confirmam os dados. Para se ter uma ideia, a capacidade eólica apresentou um incremento médio anual de 60% na China enquanto a índice global de crescimento ficou em 25%, no período verificado.
Já na área de energia solar, os chineses conseguiram manter um avanço médio 50% ao ano, enquanto se considerados todos os países, o mesmo índice permaneceu em 44%, nos últimos dez anos.
Expansão
O governo da China tem como meta a eliminação do uso de 478 milhões de toneladas de carvão, que são consumidos para gerar de energia. Por isso, a ideia é adicionar 100.000 MW de capacidade eólica, 40.000 MW solares e outros 290.000 MW em energia hidrelétrica.
Fonte: Jornal da Energia 8/01

sábado, 5 de janeiro de 2013

Mesmo sem sinalização do governo, interesse solar cresce no País

Mesmo sem sinalização por parte do governo de um futuro promissor para a energia solar num curto prazo no país, o setor solar demonstrou que está preparado e disposto a investir em novos empreendimentos. De novembro até a terceira semana de dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), confirmou o recebimento de mais de 1,6GW de em projetos fotovoltaicos e termossolares.
“Muitas dessas empresas acreditam que em breve teremos um leilão de energia fotovoltaica no Brasil, apesar da sinalização do governo não ser nada encorajadora. Mesmo assim é importante termos esse movimento para convencer o governo a iniciar o mercado no País”, explicou o diretor do grupo setorial de energia fotovoltaica da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Leônidas Andrade.
Pioneira do setor termossolar no Brasil, e que conta com experiência em diversos projetos fotovoltaicos também foram do País, a Braxenergy conta com dois projetos na demanda dos últimos dois meses, e que somam 43MW, nos Estados da Bahia e São Paulo. Para o CEO da companhia, Hélcio Camarinha, os empresários se aproveitaram do avanço na regulamentação da microgeração, bem como da certificação e a regulação do sistema dos medidores para as plantas de 10 a 30MW.
Outro ponto, levantado pelo empresário para o segmento é a utilização da geração distribuída, podendo ser utilizada como solução para o caso de algumas indústrias na Bahia e no Mato Grosso, que não conseguem ser atendidas pelas distribuidoras locais, e acabam gerando energia térmica a diesel como solução, que tem seu custo por MWh altíssimo. Assim, a fotovoltaica, conseguiria resolver a situação.
“Agora, o que me deixou bastante satisfeito e otimista, é que além dos pedidos de plantas fotovoltaicas, eu também vi pedido de termossolar. A Braxenergy deixou de ser a única empresa a apostar nisso no Brasil, eu estou vendo outros grupos entrarem com projetos e se estabelecerem como produtor independente. Estão usando o sol como fonte, e a tecnologia CSP com torres, parabólicas e com toda tecnologia de que têm direito. Isso é legal porque mostra que também enxergam a viabilidade disso no Brasil”, comentou Camarinha.
Enquanto poucas definições saem sobre o setor, cada empresa busca sua maneira de abrir espaço e conseguir o lugar ao sol. A Bioenergy, por exemplo, inovou ao promover no mês de agosto o primeiro leilão de energia solar no mercado livre de energia. Segundo o presidente da empresa, Sérgio Marques, empresa tem 300MW em projetos fotovoltaicos, com previsão de instalação para os próximos cinco anos.
Na época do leilão, Marques afirmou que “no mercado livre há desafios técnicos, mas nenhum impedimento legal para comercializar” e que a empresa também aguarda leilões solares por parte do governo para colocar o portfólio em construção.
Sobre a novidade, o diretor do GT da Abinee, Leônidas Andrade, acredita que a estratégia da Bioenergy foi bastante agressiva e corajosa, e que é um sinal claro da disposição das empresas para se estabelecerem no mercado.
Fonte: Jornal da Energia 24/12

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Consumidor que produzir energia renovável terá desconto na conta de luz a partir de 17/12

Brasil - A partir desta segunda-feira (17), o brasileiro que produzir a própria energia em casa poderá reivindicar sua integração à rede elétrica comum e terá o valor da conta de luz reduzido. A norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é uma aposta do mercado de energia solar para impulsionar o setor, que ainda esbarra no alto custo dos equipamentos.
A expectativa é de que em 2013 a ampliação nas vendas de painéis fotovoltaicos reduza os gastos com a instalação - atualmente, o sistema completo custa, em média, R$ 25 mil.
A ideia é que, no fim do mês, a soma da energia produzida por consumidores e enviada para a rede seja equivalente à quantidade consumida. O valor pago na conta de luz será apenas a diferença - caso haja excedente, a energia produzida a mais será usada como crédito nos meses seguintes. As regras, porém, ficam a critério da concessionária.
A AES Eletropaulo, principal distribuidora da capital paulista, determina que esses créditos sejam usados em até 36 meses. Dessa forma, períodos de muito sol fornecem créditos para serem usados em época de pouca geração. A empresa afirma que começou a atender aos pedidos de acesso dos clientes desde o sábado (15).
"Os benefícios de se gerar energia em casa são diversos", comenta Ricardo Baitelo, coordenador da campanha Clima e Energia do Greenpeace. "Podemos citar a descentralização da geração de energia e redução da dependência de grandes usinas com grandes impactos ao meio ambiente, a diversificação da matriz energética, a redução das perdas de transmissão de eletricidade, e o aproveitamento da energia de maior potencial no mundo, utilizando um espaço ocioso (telhados) e sem produzir ruídos."
Com as diretrizes definidas, o setor espera agora facilidades para atrair interessados.

Como instalar
Para instalar um sistema fotovoltaico em casa é necessário verificar junto a um técnico a viabilidade da geração de energia (se não houver sombreamento do telhado) e o dimensionamento do sistema, a fim de mensurar a quantidade de energia gerada. Uma vez que o sistema estiver instalado, a pessoa deve entrar em contato com a concessionária local e solicitar a conexão e inclusão do sistema à rede.
Todos os equipamentos para a produção de energia solar são importados. Professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o engenheiro eletricista Marcelo Villalva desenvolveu em seu projeto de doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) o primeiro inversor eletrônico nacional para sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. O aparelho injeta na rede a energia produzida pelas placas e permite o uso simultâneo dos dois sistemas.
Ele explica que, no exterior, a autoprodução de energia residencial é feita em larga escala. "Na Itália, Alemanha e Inglaterra, há subsídios financeiros para quem produz energia limpa. Em alguns Estados americanos, o sistema de crédito de energia já é realidade há muito tempo", afirma Villalva. "O que se espera é que no Brasil, com o grande potencial natural que tem, esse sistema, enfim, deslanche."
Ele estima que o medidor digital para a geração em residências, que será vendido pelas concessionárias, deverá custar entre R$ 200 e R$ 300. "Uma casa normal, de duas pessoas, consome em torno de 250 quilowatts-hora por mês e precisaria de meia dúzia de painéis, com um custo de cerca de R$ 16 mil", calcula Villalva. "Em São Paulo, levaria cerca de oito anos para amortizar o investimento. No interior e outros Estados do Brasil, com maiores níveis de insolação, pode chegar até a três anos." (Com Agência Estado).
Fonte: Uol / Procelinfo 17/12

Energias Renováveis – breves reflexões 2012

O ano termina e com ele as indefectíveis retrospectivas do período que se finda, como se o mundo fosse zerar e tudo começar de novo. Uma ilusão que se criou com a confecção do calendário gregoriano e que é religiosamente seguida em todo o globo: quem nasceu, quem morreu, quem casou, que empresas cresceram, que corporações faliram, que figuras passaram a ser ilustres ou caíram no esquecimento, e por aí adiante. BioAgroEnergia não vai cansar o leitor com mais uma retrospectiva. Vamos trazer quatro parágrafos apenas, sobre o tema energias renováveis, para que sirvam de reflexão:

1. A frase do ano: “O que aconteceu foi um ‘apaguinho’ e não um apagão. O ministro (Edison Lobão, de Minas e Energia) chama de interrupção temporária de energia porque durou meia hora”. (Hermes Chipp, Diretor Geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), em 04 de outubro de 2012). De “apaguinho” em “apaguinho” de energia elétrica, já são seis, só a partir de setembro, que somados formam um grande “apagão”.

2. A falta mais sentida: Sem dúvida, de uma produção bem maior de etanol! Safras seguidas de cana-de-açúcar prejudicadas por questões climáticas, falta de replantio da cana, ausência de regulação adequada, afastaram investimentos no setor. A Petrobras sofreu demais com isto e foi possível constatar como o etanol da cana é tão importante para o País.

3. A descoberta: O Brasil descobriu a energia eólica. Nunca se construíram e instalaram tantos aerogeradores como em 2012. Ainda há enorme descompasso entre a geração de energia e sua distribuição. Mas isto vai se arranjar. Já estão delimitadas várias regiões onde a possibilidade de expansão desta forma de energia renovável já tem projetos e financiamento prontos para serem executados em 2013.

4. O problema, aliás, o grande problema: a energia elétrica gerada por hidrelétricas mostrou toda sua face arcaica. A estrutura do sistema, projetada na década de 1970, está tecnologicamente ultrapassada, reconhece a própria Aneel, agência responsável pela fiscalização do setor elétrico. Não bastasse este problema, que causou diversos apagões (ou apaguinhos, como se queira chamá-los), desnudando um sistema ultrapassado, falta de investimentos e de manutenção, a Presidenta Dilma Rousseff deu um passo, provavelmente seu mais incorreto neste ano, ao minar de forma drástica o poder financeiro da maioria das concessionárias de energia elétrica. Destruiu o valor de mercado da Eletrobras e forçou a antecipação da renovação das concessões de várias empresas, com o objetivo de diminuir o custo da energia elétrica no País, tanto para a indústria como para o consumidor individual. Por sorte, imagine-se, o problema não foi pior pois o crescimento econômico do Brasil foi frustrante. Ou isto se arruma, bem arrumado, ou teremos aí o maior desafio para o País enfrentar no ano que entra.
Fonte: Exame.com 25/12

Presidente da Bioenergy rebate Abeeólica e diz que preço de R$87,77 é viável

O presidente da Bioenergy, Sergio Marques, contestou as declarações da da presidente-executiva da Associação Brasileira da presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Mello, e garantiu que o preço de R$87,77 por MWh, referente aos contratos negociados no último Leilão A-5, realizado na sexta-feira (14/12) é suficiente para remunerar os investimentos da empresa em patamares "aceitáveis".
Em entrevista ao Jornal da Energia, publicada na última sexta-feira (17/12), Elbia afirmou que a associação está preocupada com a situação da Bioenergy, já que trata-se de um investimento novo e que o preço definido para os contratos não seria viável. A companhia licitou sete parques de 28,8MW cada, total de 201,6 MW, que integram o Complexo Vento do Norte, no Maranhão. O valor negociado pela empresa ficou um pouco abaixo do preço médio de R$ 87,94 por MWh, que, por sua vez, está 11,65% abaixo do patamar do leilão de reserva 2011, que tinha o menor preço registrado até então. "Trabalhamos com uma taxa interna de retorno (TIR) de 9% a 11%. É uma taxa de retorno real aceitável para os projetos de energia", disse.
Marques aposta na otimização dos custos de implantação e operação dos parques. Também integram a estratégia da Bioenergy a antecipação do cronograma para o início da operação comercial. “Nós antecipamos em seis meses os primeiros projetos”, disse o presidente da empresa, ao acrescentar que o adiantamento das plantas possibilita a venda da energia no mercado livre. “São alguns detalhes que reforçam a viabilidade do projeto”, colocou.
O executivo destacou ainda a transferência para o Maranhão de parte dos seus projetos inicialmente idealizados para serem implantados no Rio Grande do Norte (RN). O presidente afirma que este segundo estado ainda apresenta problemas como atraso de reforço e conexão, sendo que a transferência possibilitaria que o prazo contratual seja mantido – ao todo são quatro projetos de 120 MW.

Cenário Macroeconômico
Para Marques, o patamar de preço alcançado no A-5 é uma "fotografia de um momento de viabilidade". "Enquanto houverem fatores macroeconômicos que justifiquem, o preço continuará baixo", disse.
Entre esses fatores, o executivo cita incentivos fiscais, como a redução do PIS/Cofins, além de taxa de juros atraentes. "O Finame (linha de crédito do setor) cobra 3% de juros ao ano. Considerando uma inflação anual de 5%, trata-se de um juros negativo em 2%, além do mais, a tarifa é reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Há três anos, a taxa de juros era de 11% ao ano", disse.
Marques rebate ainda o argumento da indústria eólica, que alega não ter mais como baixar os preços dos equipamentos para acompanhar a redução de energia. "Um aerogerador é 60% composto por aço. Só existe duas coisas que justificam um aumento de preço, que é a demanda mundial e o preço do aço no mercado internacional", afirmou. O executivo explicou que a demanda global está baixa devido à crise internacional, que atinge com mais força os mercados europeus, além da perda de competitividade da fonte eólica ante o gás de xisto nos Estados Unidos."Esse argumento de que não dá para baixar o preço é discurso dos fabricantes. A eólica é uma cadeia sequencial, as industrias já produzem em larga escala", disse.
Essa série de fatores, aponta o presidente da Bioenergy, faz com que não se justifique que o preço do megawatt implantado no Brasil custe o dobro dos Estados Unidos e bem mais do que na Europa. De acordo com Marques, o patamar seria de US$ 1 milhão para os investimentos norte-americanos e 1,2 milhões de euros para os países europeus. "Por que no Brasil o investimento tem que ser de R$ 4 milhões?", questionou.
"Quando eu vendi energia no mercado livre a R$148 por MWh também falaram que eu quebraria", disse. Para Marques, o resultado do Leilão A-5 deve ser enaltecido e não esquecido, como disse a representante da Abeeólica. "Acho que ela (Elbia) falou como pessoa e não como instituição. Acho que o resultado do leilão deve ser visto pelo lado positivo, já que representa mais um passo para a consolidação da eólica na matriz brasileira", disse.
Fonte: Jornal da Energia 17/12

China Three Gorges compra 49% do capital social da EDP Renováveis

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal, a EDP Renováveis, detida em 77,5% pela portuguesa EDP, anunciou que chegou nesta quinta-feira (21/12) a acordo com a Chine Three Gorges International (CTGI), subsidiária da China Three Gorges (CTG) "para a venda de uma participação acionista representativa de 49% do capital social da EDP Renováveis Portugal e de 25% dos suprimentos" realizados pela empresa. O valor total da operação é de 359 milhões de euros.
"A transação está sujeita à prévia obtenção de autorizações regulatórias das entidades competentes, sendo esperada a sua conclusão durante o primeiro semestre de 2013". De acordo com o comunicado, a operação inclui 615 megawatts de parques eólicos em operação em Portugal, com uma vida média de seis anos, assim como 29 megawatts em desenvolvimento, "que beneficiam de uma remuneração em regime de 'feed-intariff'".
Entre setembro de 2011 e setembro último, o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (Ebitda) e o lucro da EDP Renováveis em Portugal alcançou 116 milhões de euros e 43 milhões de euros, respectivamente.
A operação aconteceu no âmbito da parceria estratégica entre a EDP e a China Three Gorges, acordada em dezembro do ano passado, e que se iniciou em maio último. A empresa chinesa comprou uma fatia de 21,35% pertencente ao Governo de Portugal.
Foi confirmado ontem ainda que as negociações entre o Executivo português e a Three Gorges para a compra da fatia estatal de 4,14% na EDP prosseguem. "Manifestamos o nosso interesse, mas ainda estamos negociando com o Governo", afirmou o presidente da empresa Cao Guangjing.
Fonte: Jornal da Energia 21/12

Cerro dos Trindade é o primeiro projeto eólico prioritário

O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou como prioritário, por meio da Portaria 612, o projeto da usina eólica Cerro dos Trindade (8MW), que está sendo implantada no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Trata-se do primeiro empreendimento eólico a receber esse status desde a publicação da Portaria Interministerial 868, de 23 de novembro, que determinou que os projetos de fonte eólica, biomassa, nuclear e solar, além da indústria de equipamentos, podem receber ser considerados prioritários para o país e, como tal, captar recursos por meio da emissão de debêntures de infraestrutura.
O empreendimento faz parte do Complexo Livramento, constituído por cinco parques com capacidade instalada total de 78MW. O complexo é fruto de uma parceria entre a Eletrosul (49%), o Fundo Rio Bravo Investimentos (41%) e a Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social - Elos (10%).
Assim, de acordo com o disposto, a empresa Eólica Cerro dos Trindade que é a responsável pelo empreendimento deverá manter atualizada, junto ao MME, a relação das pessoas jurídicas que a integram; destacar, quando da emissão pública das debêntures, o número e a data de publicação da Portaria e o compromisso de alocar os recursos obtidos no projeto prioritário aprovado, bem como manter a documentação relativa à utilização dos recursos captados, até cinco anos após o vencimento das debêntures emitidas, para consulta e fiscalização pelos órgãos de controle.
Cabe à responsável pelo empreendimento, ainda, o encaminhamento ao MME, no prazo de vinte dias a contar da sua emissão, cópia do ato autorizativo da operação comercial da usina Cerro dos Trindade.
Fonte: Jornal da Energia 18/12

Brasil é 10º país mais atraente para investir em renováveis

São Paulo - A consultoria Ernst & Young acaba de lançar a última edição de 2012 do Índice de Atratividade dos Países em Energias Renováveis. A publicação lista, a cada três meses, as 40 nações mais atraentes para investimentos em energia eólica, solar, geotérmica e de biomassa e, dessa vez, quem levou a melhor foi a China.
Em uma escala de 0 a 100, o país fez 69,6 pontos, sendo o mais indicado para receber investimentos em energias renováveis. A produção eólica foi apontada como a mais atraente para negócios na nação asiática, entre as quatro opções avaliadas pela consultoria, com nota 76.
A segunda posição do ranking ficou com a Alemanha, que tirou nota 65,6 e, pela primeira vez em 2012, ultrapassou os Estados Unidos no quesito atratividade para investimentos em energias renováveis. A "nação do Tio Sam" ocupa, agora, a terceira colocação, com nota 64,5, sendo que a produção solar, com 70 pontos, foi classificada como a melhor opção para investimentos.
O Brasil não está tão bem colocado no ranking. Com 50,5 pontos, nosso país é considerado o décimo mais atraente para investimentos em energias renováveis, sendo que as melhores opções são, respectivamente:
- biomassa, com nota 54;
- eólica, com 52 pontos;
- solar, com nota 48 e
- geotérmica, com 24 pontos.
Em agosto, na segunda edição de 2012 do ranking, o Brasil havia subido uma posição, ocupando o nono lugar no ranking. Confira o último Índice de Atratividade dos Países em Energias Renováveis na íntegra, em inglês.
Fonte: Exame.com 18/12

domingo, 16 de dezembro de 2012

Selo Procel Eletrobras para Painéis Solares Fotovoltaicos

Brasil – Diferente do Selo Procel Eletrobras para eletrodomésticos, a concessão deste para painéis solares fotovoltaicos indica maior produção de energia elétrica, a partir de energia solar
Ivana Varela, para o Procel Info

Brasil – Atualmente, com o grande empenho e conscientização em direção a uma maior eficiência energética no uso e na geração, as fontes alternativas têm se tornado cada vez mais utilizadas no país. Através de muito estudo e tecnologia avançada se tornou possível transformar luz solar, tão abundante em terras brasileiras, em energia elétrica. Este procedimento é uma realidade graças às células fotovoltaicas, dispositivos elementares utilizados justamente para converter a energia da luz solar em energia elétrica.
O conjunto dessas células solares interligadas eletricamente e encapsuladas formam o módulo fotovoltaico. Quando montados de modo a formar uma estrutura única, esses módulos, também interligados eletricamente, resultam na construção do então chamado painel solar fotovoltaico. Quando expostos ao sol, os painéis captam a luz solar e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas. Apesar de cada célula solar fornecer uma quantidade relativamente pequena de energia, um conjunto de células solares espalhadas numa grande área pode gerar uma quantidade de energia suficiente para abastecer, por exemplo, uma residência.
A engenheira eletricista da Eletrobras, Dayana Teixeira, explica como acontece o processo do aproveitamento da energia solar em energia elétrica. “O material das células que compõe módulos fotovoltaicos, quando exposto a luz, permite uma circulação de corrente. E é essa movimentação de elétrons a responsável pela geração de eletricidade.”, afirma.
A eficiência dos módulos está atrelada ao tipo de tecnologia das células que os compõem, ou seja, é a tecnologia utilizada que dirá o quanto o módulo irá aproveitar da irradiação solar incidida sobre ele para transformar em energia elétrica. Sendo assim, um módulo com eficiência de 13% consegue transformar esse percentual da energia do sol incidida sobre o painel em energia elétrica.
Ainda segundo Dayana, existem tipos diferentes de tecnologia de células fotovoltaicas que compõe os painéis, silício monocristalino, silício policristalino, filmes finos, entre outros. Porém, cerca de 83% da produção mundial de módulos fotovoltaicos é baseada no silício cristalino.
Atualmente, os módulos já participam do programa de etiquetagem do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que classifica os módulos fotovoltaicos quanto à sua eficiência, que é medida em condições padronizadas de testes em laboratórios acreditados pelo Instituto. Entre os módulos avaliados, os mais eficientes são destacados com o Selo Procel Eletrobras.
Segundo Marcos Borges, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, os ensaios laboratoriais dos painéis fotovoltaicos são realizados em condições padrão, onde verificam-se: a potência máxima, isolamento elétrico e a resistência de isolamento em condições de umidade, dentre outras análises. “Sendo aprovados nesses ensaios, os modelos devem ser registrados no Inmetro e submetidos a ensaios de manutenção, com periodicidade anual, de forma a evidenciar o contínuo atendimento aos critérios da regulamentação”, explica.
Os módulos e seus componentes já são etiquetados pelo Inmetro de forma voluntária desde 2008. Mas, em julho de 2012, o programa foi revisado e se tornou compulsório, de forma que fabricantes e importadores só poderiam comercializar, no país, produtos etiquetados e registrados pelo Instituto. “Trata-se de um programa diferente. Enquanto os eletrodomésticos são etiquetados considerando-se a eficiência energética relacionada com o consumo de eletricidade, os painéis fotovoltaicos são classificados quanto à produção de energia”, diz Borges.
Os painéis solares fotovoltaicos para obter o Selo Procel Eletrobras de Eficiência Energética também precisam ter a classificação A de eficiência de energia na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). Até a presente data já estão etiquetados 270 modelos de painéis fotovoltaicos.Em abril deste ano foi inaugurada uma usina geradora de energia solar fotovoltaica no estádio de futebol Governador Roberto Santos, conhecido como Pituaçu. Os painéis ficam na cobertura das arquibancadas e vestiários. O projeto custou cerca de R$ 5,5 milhões, que foram investidos pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Coelba, e pelo governo do Estado. A energia gerada é usada durante o dia nas instalações do estádio e a produção excedente é lançada na rede da concessionária. O sistema tem capacidade para gerar 400 kWp (megawatt pico), o que proporciona uma geração anual de energia elétrica estimada em 630 MWh.
Apesar dos custos da tecnologia dos painéis solares ainda serem muito altos, a opção tem se tornado mais acessível ao longo do tempo. ”Pela quantidade de produtos que já está etiquetada no nosso programa, acreditamos que os painéis solares serão uma realidade de mercado”, conclui Marcos Borges.
Fonte: Procelinfo 14/12

RN terá investimentos na área de energia solar

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) firmou três protocolos de intenção nessa terça-feira (11) com empresas da área de energia solar.
Somados, os investimentos previstos são da ordem de R$ 782 milhões para desenvolver projetos nesse setor energético.
Na manhã dessa terça-feira, representantes das empresas Real Solar, Enerbra e Bacilieri Equipamentos Elétricos estiveram reunidos com o titular em exercício da Sedec, Sílvio Torquato Fernandes, o titular do Turismo, Renato Fernandes, o chefe de Gabinete da Sedec, Fábio Rodamilans, e o prefeito de Arez, Erço de Oliveira Paiva.
A Real Solar tem projeto para implantação de uma unidade fabril destinada à produção de painéis fotovoltaicos na cidade de Arez com um investimento de R$ 102 milhões, o que representa a geração de 360 empregos diretos, sendo 60 engenheiros ou técnicos e 80 indiretos.
Após instalada, a fábrica vai ter uma capacidade anual de produção de 240MW de painéis fotovoltaicos e um faturamento estimado em R$ 260 milhões por ano quando da estabilização da produção.
Outra empresa que vai assinar protocolo de intenção com o Governo do Estado é a Enerbra Indústria e Commércio de Panéis Solares, que chega ao Rio Grande do Norte para implantação de parques solares através de painéis fotovoltaicos.
O investimento previsto é de R$ 40 milhões, com a geração de 100 empregos diretos e 50 indiretos. A capacidade anual de implantação é de 1MW de painéis fotovoltaicos, e a estimativa é de faturamento anual de R$ 125 milhões quando da estabilização da produção.
O terceiro protocolo será firmado entre o governo e a Bacilieri Equipamentos Elétricos, especializada na fabricação de equipamentos elétricos necessários à implantação de parques solares.
O investimento previsto é de R$ 640 milhões e a geração de 240 empregos diretos e 50 indiretos estimados e a capacidade anual de implantação de 200MW de painéis fotovoltaicos com um faturamento anual estimado de R$ 500 milhões quando da estabilização da produção.
Para Sílvio Torquato, o Rio Grande do Norte mostra cada vez mais seu potencial no setor de energias renováveis. Lembrando que o estado é referência em eólica e agora pode despontar em solar.
Esses valores somente serão investidos após aprovação por parte do Governo Federal de um marco regulatório que contemple a geração de energia elétrica, através da fonte primária, solar, bem como a participação deste segmento, nos próximos leilões de venda de energia elétrica, promovidos pelos organismos autorizados.
Fonte: UOL – Jornal O Mossoroense / Dasol - 12/12

Casa flutuante na Suécia é movida a energia solar

São Paulo – Imagine a seguinte cena: você recebe os amigos para um almoço na casa de praia em uma tarde de domingo e na hora do cafezinho todos seguem para uma cabine externa que reproduz uma sala de estar e é capaz de zarpar como um barco para um passeio no mar. Exagero?
Não, é a mais recente inovação do escritório sueco Kenjo, especializado em casas sustentáveis e pré-fabricadas de pequeno porte. O projeto foi criado para uma família que buscava um espaço que pudesse ser usado como área para relaxar e que também funcionasse como um quarto extra para hóspedes.
Localizada sobre uma plataforma flutuante, com acesso direto à água, a cabine conta com um sistema de energia solar fotovoltaica instalado no telhado.
A energia gerada alimenta a iluminação em LED, mais eficiente e econômica, o sistema de som interno e o motor, que permite deslocamentos curtos. Janelas de energia eficiente ajudam, ainda, a minimizar a perda de calor e fornecem luz natural durante a maior parte do dia.
Fonte: Exame.com / Procelinfo 10/12

Células solares são fabricadas na forma de fios

Fibra óptica solar

O anúncio de que as fibras ópticas, usadas para transmitir dados, poderiam elas próprias ganhar poder de processamento causou rebuliço na indústria no início deste ano.
Os "computadores em um fio" ainda não chegaram, mas agora a equipe mostrou agora que seu princípio é realmente promissor, funcionando muito bem em aplicações práticas.
E, mais do que isso, que as fibras ópticas poderão ser importantes não apenas no processamento de dados, mas também no aproveitamento daenergia solar.

Tecidos solares
A equipe do Dr. John Badding incorporou células solares no interior de fibras ópticas.
E não apenas uma ou duas, mas um conjunto de células solares que se estende por toda a extensão de fibras ópticas com vários metros de comprimento.
Isso abre a possibilidade de tecer essas células solares em formato de fios para criar "tecidos solares", painéis solares flexíveis que poderão ser dispostos sobre superfícies de qualquer formato.

Célula solar em fios
As células fotovoltaicas tradicionais são feitas de silício, assim como as fibras ópticas e os componentes eletrônicos que formam os chips.
É claro que células solares são componentes mais simples do que os transistores, e só precisam ser ligadas em série ou em paralelo para liberar a eletricidade que produzem - foi por isso os pesquisadores resolveram começar por elas.
A boa notícia é que o experimento rendeu novas possibilidades de aplicações.
"Células solares no interior de fibras ópticas permitirão configurações flexíveis ou em estruturas tecidas que serão portáteis, dobráveis e até mesmo poderão ser vestidas," disse Badding.
A flexibilidade de formato permitirá, por exemplo, a integração dos painéis solares em dispositivos móveis para recarregar continuamente suas baterias.
Para o futuro, o objetivo do grupo é evitar a problemática conexão entre as fibras ópticas e os circuitos eletrônicos. Para isso, eles planejam integrar circuitos eletrônicos completos dentro das próprias fibras.

Bibliografia:
Silicon p-i-n Junction Fibers
Rongrui He, Todd D. Day, Mahesh Krishnamurthi, Justin R. Sparks, Pier J. A. Sazio, Venkatraman Gopalan, John V. Badding
Advanced Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adma.201203879
Fonte: Inovação Tecnológica 10/12

Energias renováveis podem suprir eletricidade durante 99,9% do tempo

Renovável e constante

As energias renováveis poderão suprir as necessidades mundiais de energia elétrica em 99,9% do tempo, até o ano de 2030.
E tudo isto a custos comparáveis aos gastos atuais com eletricidade.
A conclusão é de Cory Budischak e Willett Kempton, da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos.
Segundo eles, as críticas sobre a inconstância das fontes de energia solar e eólica não se fundamentam se o assunto for abordado da perspectiva correta - do ponto de vista dos custos.

Custos das energias renováveis
Os pesquisadores desenvolveram um modelo focado na minimização dos custos de geração da eletricidade, em lugar da abordagem tradicional que busca equilibrar a geração e o consumo de eletricidade.
A conclusão é que gerar mais eletricidade do que o necessário durante os "horários médios" - os horários que não são de pico -, a fim de atender as necessidades dos horários de pico de demanda, sai mais barato do que armazenar energia para usar nos momentos de demanda mais alta.
Isto permitiu reduzir muito a necessidade de sistemas de armazenamento, comobaterias e tanques de hidrogênio, que são muito caros.
"Esses resultados quebram o saber convencional de que a energia renovável não é confiável e é cara," comentou Kempton. "A chave é obter a combinação correta de fontes de eletricidade e armazenamento e calcular os custos corretamente.

Uma combinação correta que não foi nada fácil de encontrar.
Bilhões de combinações
O modelo computadorizado que os pesquisadores elaboraram testou nada menos do que 28 bilhões de combinações de fontes de energias renováveis e sistemas de armazenamento, cada uma delas avaliadas para um período de quatro anos de dados históricos de oferta e demanda de energia.
Os pesquisadores afirmam que uma combinação adequada de energia eólica, energia solar e armazenamento em baterias e células a combustível é capaz de atender à demanda de eletricidade na quase totalidade do tempo, sem qualquer aumento significativo nos custos da energia.
"Por exemplo, usando hidrogênio para armazenamento, nós podemos fazer funcionar um sistema elétrico que hoje atende uma demanda de 72 GW, durante 99,9% do tempo, usando 17 GW de energia solar, 68 GW de energia eólica com turbinas no mar e 115 GW de energia eólica com turbinas em terra," disse Budischak.
Um outro modelo, um pouco mais arrojado, concluiu recentemente que apenas aenergia eólica seria suficiente para atender a todas as demandas de eletricidade do mundo em 2030.

Bibliografia:
Cost-minimized combinations of wind power, solar power and electrochemical storage, powering the grid up to 99.9% of the time
Cory Budischak, DeAnna Sewell, Heather Thomson, Leon Mach, Dana E. Veron, Willett Kempton
Journal of Power Sources
Vol.: 225, 1 March 2013, Pages 60-74
DOI: 10.1016/j.jpowsour.2012.09.054
Fonte: Inovação Tecnológica 13/12

Projeto pioneiro cria energia a partir do vapor de eucalipto


É do vapor do eucalipto que a petroquímica multinacional Dow pretende reduzir em até 43% o custo da energia do complexo fabril em Aratu, no município de Candeias (BA). Em parceria com a Energias Renováveis do Brasil (ERB), a empresa está em fase final de instalação de uma planta que viabilizará a geração de energia por meio do vapor de eucalipto. “Trata-se de um projeto pioneiro no mundo de produção de vapor via biomassa”, diz Claudia Schaeffer, diretora de Energia e Mudanças Climáticas na Dow América Latina.


O vapor será 100% produzido a partir da combustão de cavaco de eucalipto. Com o novo processo, a empresa estima que 169 mil toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser lançadas na atmosfera por ano. Uma redução de 33% em relação às emissões de Aratu no ano passado.

Mas, além da proposta sustentável, o projeto de biomassa também trará ganhos financeiros para a Dow. O custo da energia, que atualmente está na casa dos US$ 14 por BTU com o gás natural, deverá cair para US$ 8 por BTU, uma redução de 43%. “Nos Estados Unidos, esse custo é de US$ 3”, compara Claudia.

No projeto, a EBR investiu R$ 265 milhões na construção da unidade de cogeração de vapor e energia elétrica no complexo fabril de Aratu, a maior instalação da Dow no Brasil. A Dow, por sua vez, fechou um contrato de 20 anos para a compra da energia gerada por meio do vapor da biomassa.

O projeto também terá a cogeração de 12 MW de energia elétrica, que será comercializada por meio da rede elétrica da Bahia. O volume é suficiente para suprir o consumo mensal de 56 mil casas.

Segundo a diretora de Energia e Mudanças Climáticas da Dow, a previsão é que as operações com energia de vapor de eucalipto comecem em setembro de 2013. “Nossa meta é operar dois terços do complexo fabril com biomassa e um terço com gás. Esperamos estar rodando dentro dessa situação no segundo semestre de 2014.”
Fonte: Caderno Economia IG 11/12

Estádio solar

A vencedora da licitação para a implantação da Usina Solar Mineirão, a Martifer Solar, já iniciou as obras para a instalação de uma usina fotovoltaica na cobertura do estádio que sediará jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo Fifa 2014. A primeira etapa, de impermeabilização, já está em andamento. Na semana passada, tiveram início a preparação e a limpeza da cobertura de concreto. A previsão é que a impermeabilização seja concluída ainda neste mês.
A iniciativa faz parte do programa Minas Solar 2014, da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig. Após a montagem dos módulos fotovoltaicos no Mineirão, a Cemig dará início ao processo de licitação para implantação de uma usina fotovoltaica de 1,1 MWp no Mineirinho.
De acordo com o gestor do programa e engenheiro da Cemig, Alexandre Heringer Lisboa, a empresa portuguesa Martifer Solar é responsável pela implantação da Usina Solar Mineirão, incluindo a elaboração dos projetos executivos estrutural e elétrico, impermeabilização da cobertura de concreto, aquisição dos componentes necessários à montagem da usina (módulos fotovoltaicos, inversores, transformadores, cabos, sistema de supervisão e controle, sistema de proteção), montagens mecânicas e elétricas, conexão à rede, comissionamento, operação e manutenção por 24 meses.
“A usina fotovoltaica do Mineirão é um dos empreendimentos mais significativos do País e consolida Belo Horizonte como a capital solar do Brasil. Certamente, será uma referência para outras cidades brasileiras”, afirma Heringer.
A montagem mecânica (estruturas e módulos) da usina solar deverá ser finalizada em janeiro de 2013. Logo após a montagem, tem início a fase de comissionamento e testes. A operação comercial está prevista para março do ano que vem.
Capacidade - A capacidade nominal da Usina Solar Mineirão é de 1,42 MWp, energia suficiente para atender, aproximadamente, mil residências de consumo médio.
A usina solar será composta de módulos fotovoltaicos montados sobre a cobertura de concreto do Mineirão. A radiação solar que incidir sobre esses módulos será convertida em energia elétrica que, por sua vez, será injetada na rede de distribuição da Cemig. O Mineirão receberá uma parcela de, no mínimo, 10% da energia gerada na usina.
Fonte: Ambiente Energia

Governo de São Paulo lança atlas eólico e garante isenção de ICMS a fabricantes até 2020

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou nesta sexta-feira (07/12) do lançamento do atlas eólico paulista. O documento se tornou público e oficializou o potencial que o estado tem para produzir energia elétrica por meio do vento. São 4.734MW de capacidade instalável, o que significa uma estimativa de geração de energia anual de 13 mil GWh.
"Parece pouco, mas é significativo", disse José Aníbal, secretário de energia de São Paulo, que também participou da cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. "É um primeiro passo que nós temos certeza que chega com muita vitalidade", completou Aníbal.
Os cálculos consideram áreas livres de restrições para implantação de parques eólicos em São Paulo, com velocidade de vento média anual superior a 6,5 metros por segundo e torres a 100 metros de altura. Os números também levam em consideração o potencial estimado a partir de dez anos (2002-2011) de dados simulados com modelos específicos para previsão do tempo.
Alckmin ainda aproveitou o lançamento do altas, que servirá como um mapa para o desenvolvimento de futuros projetos de geração eólica em São Paulo, para trazer uma boa notícia para a indústria de equipamentos da cadeia de energia a partir do vento. Ele prorrogou o prazo de isenção de 100% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) para indústria eólica local, que antes terminaria em 2015 e, após o anúncio desta sexta-feira, será estendido até 2020.
"Vento agora é business, é dinheiro", brincou o Governador de São Paulo, ao falar para uma plateia de mais de 200 convidados, um destes, Élbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
“A eólica hoje é a segunda fonte mais competitiva nos leilões”, destacou Élbia. “De 2009 pra cá, são 6,7GW eólicos comercializados. Estamos falando em R$7 bilhões de investimentos por ano e um marcado que vem expandindo a taxas de 2GW/ano. Até 2020, teremos 16GW eólicos instalados, que representarão uma participação de 9% na matriz elétrica brasileira.”

Primeiros leilões
A partir da divulgação do altas, o govenador Geraldo Alckmin já prevê que os primeiros leilões para viabilizar esses empreendimentos ocorram no primeiro trimestre de 2013. Alckmin destacou as regiões com maior potencial para geração em São Paulo, que são as cidades de Campinas, Bauru, Sorocaba e Botucatu, todas no interior do estado, somando uma capacidade instalada de 1.200MW.
Na previsão do governante, os projetos se tornam atraentes para o investidor, dadas as vantagens competitivas que São Paulo proporciona: grande oferta de equipamentos produzidos localmente, o que reduz custos logísticos, bem como pelo fato de as futuras usinas estarem próxima ao maior centro de consumo de energia elétrica do País, que é a região Sudeste.
Fonte: Jornal da Energia 07/12

Países do Mercosul querem ampliar uso de energia renovável

Brasília – Ampliar o uso de energias renováveis é o objetivo dos países do Mercosul, segundo os representantes de setores públicos e privados de produção de energia que participaram hoje (7) do 1º Fórum Empresarial do Mercosul. De acordo com empresários e dirigentes públicos, os países do bloco têm potenciais inexplorados e capacidade de abastecimento para assegurar o desenvolvimento do continente, garantir a soberania e diversificar as fontes energéticas.
O presidente da Galvão Energia, Otávio Silveira, disse que o Brasil ainda tem um potencial de aproximadamente três vezes a produção nacional de energia eólica. Segundo ele, de 2002 a 2009, foram instalados no país geradores eólicos capazes de produzir 8 mil megawatts de potência. A energia térmica teve um aumento de 7 gigawatts de 2010 a 2012.
“Precisamos ter fontes sustentáveis e integrar as matrizes energéticas, avançando no caminho de uma matriz mais sustentável e independente de combustível fóssil”, disse Galvão. “A diversidade garante uma base de segurança, se uma falhar, temos mais opções”.
Na Argentina, há um plano para ampliação do uso de matrizes energéticas mais sustentáveis. De acordo com secretário de Energia do Ministério do Planejamento argentino, Daniel Cameron, o país pretende sair de 2% de energia proveniente de matrizes renováveis no país para 10% até 2030.
Os combustíveis fósseis, no entanto, ainda têm grande destaque na região. Com o ingresso da Venezuela, cuja adesão ao bloco foi promulgada hoje (7), o Mercosul consolida-se como uma das principais potências energéticas mundiais, com 19,6% das reservas mundiais provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás recuperáveis de xisto.
Com a Venezuela, o Mercosul torna-se o detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de barris de petróleo em reservas certificadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Das reservas, 92,7% estão na Venezuela.
O Brasil tenderá a ampliar sua participação nas reservas de petróleo do bloco à medida que os trabalhos de certificação das reservas do pré-sal brasileiro progridam.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados. Há, ainda, como membros observadores, México e Nova Zelândia.
Fonte: Exame.com 07/12

Energias renováveis reféns dos metais raros

As energias renováveis não estão totalmente imunes às relações de dependência de recursos. Isto porque muitos dos componentes destas novas tecnologias energéticas recorrem a um conjunto de minérios denominados metais raros, como o lítio, usado nos carros elétricos. É de notar que cerca de metade das reservas mundiais de lítio encontra-se na Bolívia.
E a China é responsável pela produção de 90% dos metais raros no mercado global, travando actualmente uma guerra comercial na OMC, devido às suas intenções de limitar as exportações destes recursos críticos para a alta tecnologia .
Segundo um estudo da Federation of American Scientists , prevê-se uma procura mundial de metais raros em cerca de 136 mil toneladas por ano, e deverá chegar a pelo menos 185 mil toneladas anuais até 2015.Com o crescimento global contínuo da classe média, especialmente na China, Índia e África, a procura continuará a crescer.
Os metais raros são compostos por 17 elementos utilizados em produtos electrónicos de alta tecnologia (TV Led, iPad, etc.) e em tecnologias energéticas renováveis e eficientes. Por exemplo, metais exóticos como o neodímio, térbio e disprósio são ingredientes essenciais para os magnetos das turbinas eólicas. Com efeito, um estudo do MIT projeta que a procura de neodímio pode crescer em até 700 por cento nos próximos 25 anos e a de disprósio pode aumentar em 2.600 por cento.
De acordo com um paper recente de Peter Kelemen, professor de Geoquímica no Lamont-Doherty Earth Institute , a energia eólica tem crescido cerca de 7 por cento ao ano, aumentando em um fator de 10, na última década. Segundo aquele especialista, cada megawatt de eletricidade precisa de 200 quilos de neodímio ou 20 por cento de uma tonelada. Portanto, se cada turbina eólica de grande porte produz um megawatt, cinco turbinas exigirão uma tonelada de neodímio.
Conclusão lógica: se o vento vai desempenhar um papel estratégico na substituição de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade, então é necessário aumentar a oferta de neodímio no mercado global.
Mas as turbinas eólicas não são as únicas afectadas por esta nova dependência de recursos. Os veículos elétricos utilizam o lítio e o níquel-metal-hidreto. O ítrio é necessário para as células de combustível e o európio para as lâmpadas led. E um conjunto de metais do grupo da platina é aplicado como catalisador em tecnologia de células de combustível.
E a potência industrial alemã também tem aqui o seu calcanhar de aquiles. É que cerca de 400 mil milhões do valor produzido pela máquina fabril germânica necessita de metais raros para funcionar. Ou seja, 30% do total produzido.
Portanto, se a Europa escolher as renováveis como a base do seu sistema, tem de necessariamente conceber uma estratégia de segurança de abastecimento de metais raros, pois o conflito geopolítico sobre estes recursos adivinha de elevada intensidade.
Fonte: Expresso.sapo.pt 06/12

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Grupo Neoenergia lança licitação para geracão solar fotovoltaica em Fernando de Noronha

Rio Grande do Norte - O Grupo Neoenergia, por meio do Programa de Eficiência Energética da Celpe, regulado pela Aneel, lançou no mercado o processo de coleta de preços para o projeto executivo e instalação da Usina Solar Fotovoltaica em Fernando de Noronha. Cerca de 25 empresas nacionais e estrangeiras foram convidadas para participar. Nos próximos dias 13 e 14 de dezembro, representantes dessas instituições realizarão uma visita técnica ao local onde será instalado o empreendimento, com a finalidade de conhecer melhor o projeto. A vencedora será responsável pela aquisição, transporte e instalação da usina, além do monitoramento e manutenção por um ano. A intenção é que a geração da energia seja iniciada até agosto de 2013.
Localizada no Comando da Aeronáutica, em um terreno de 7.000 m², próximo ao aeroporto de Fernando de Noronha, a nova geradora terá uma potência instalada de 400 kWp, o que resulta na geração estimada de 600.000 kWh/ano, cerca de 6% do consumo de toda a Ilha. Quando concluída, a usina será doada ao Governo Federal, que terá uma economia superior a R$ 100 mil/ano.
Além do benefício financeiro, a usina também proporcionará uma diminuição da utilização de óleo diesel na Usina Tubarão. No total, cerca de 200 mil litros, ou R$ 570 mil, deixarão de ser utilizados por ano.
Em parceria com os governos americano e alemão, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Agência de Cooperação Alemã (GIZ), a Celpe contratou o Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver o projeto básico da usina. A empresa alemã Younicos realizou o estudo de conexão e o National Renewable Energy Laboratory (NREL) promoveu os estudos iniciais.
A Usina Solar de Fernando de Noronha será a terceira usina fotovoltaica instalada pelo Grupo Neoenergia. A primeira foi no estádio de Pituaçu, em Salvador (BA), pioneiro na América Latina com esta fonte de energia. A segunda está sendo desenvolvida na Arena de Pernambuco, confirmada como uma das 14 sedes da Copa do Mundo de 2012 e da Copa das Confederações 2013.

Arena de Pernambuco – A Neoenergia, por meio das suas três distribuidoras de energia elétrica, Celpe (PE), Coelba (BA) e Cosern (RN), já iniciou o processo de implantação da usina solar na Arena Pernambuco, um dos 14 estádios/sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A construção da nova geradora conta ainda com a parceria da Odebrecht Energia e está sendo construída em São Lourenço da Mata, a 19 quilômetros de Recife.
Com investimento de cerca de R$ 10 milhões, a usina solar irá gerar 1MWp de potência instalada, o equivalente ao consumo médio de seis mil pessoas. Com o apoio do Governo do Estado de Pernambuco, o início da implantação está previsto para o primeiro semestre de 2013.
A instalação da usina solar faz parte do Projeto Estratégico de Pesquisa e Desenvolvimento - “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, lançado em agosto de 2011 pela Aneel, com investimento total de R$ 24,5 milhões.
Pituaçu – A usina geradora de energia solar fotovoltaica do estádio Governador Roberto Santos, conhecido como Pituaçu, foi inaugurada em abril deste ano, na cobertura das arquibancadas e vestiários. O projeto custou R$ 5,5 milhões, sendo R$ 3,8 milhões investidos pela Coelba e R$ 1,7 milhão pelo Governo do Estado da Bahia. A energia gerada é usada durante o dia nas instalações do estádio e a produção excedente será lançada na rede da concessionária. O sistema tem capacidade para gerar 400 kWp, o que proporciona uma geração anual de energia elétrica estimada em 630 MWh (megawatts-hora).
O Grupo Neoenergia é o terceiro maior investidor privado do setor elétrico brasileiro, com investimentos acumulados da ordem de R$ 20,4 bilhões desde a sua constituição, em 1997, até 2011. Presente em 12 estados e composto por um time de 5.100 colaboradores diretos atua em toda a cadeia de energia: geração, transmissão, comercialização e distribuição.
Na distribuição de energia, é o maior grupo privado em número de clientes, com 9,5 milhões de unidades consumidoras na Bahia, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Na geração, também se destaca: possui capacidade instalada de 1.553 megawatts (MW) e deve chegar 4.050 MW até 2019, por meio de novos empreendimentos como Teles Pires, Baixo Iguaçu, Belo Monte e os 10 parques eólicos, estes em construção em parceria com a Iberdrola.
Fonte: Fator Brasil/ Procelinfo 27/11

Setor eólico se prepara para nova realidade a partir dos próximos leilões

O setor eólico brasileiro está prestes a enfrentar um dos momentos de maior competitividade na sua recente história no Brasil. De um lado, a indústria é obrigada a investir ainda mais na nacionalização da produção, o que tem ocasionado o aumento de seus custos. Do outro, a possibilidade de uma demanda menor, em meio à possibilidade do cancelamento do leilão A-3, poderá levar os investidores para uma competição ainda mais acirrada no A-5. Os dois certames acontecem em dezembro, nos dias 12 e 14, respectivamente.
A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo afirmou que o setor está se preparando para um eventual cancelamento do A-3. Por isso, Élbia explica que quase todos os projetos foram habilitados para os dois certames. “Sabemos que vai ser competitivo, mas estamos dispostos e com apetite para participar”, frisou após participar do Windpower Tech Brazil, em São Paulo.
A executiva lembrou que quando os projetos foram inscritos, a realidade do setor era outra, com taxas de câmbio diferentes das atuais, sendo que na época, os fabricantes ainda não sabiam que teriam que fazer mais investimentos para atender às exigências novas impostas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), para manter as linhas de crédito da indústria eólica (Finame).

Fabricantes
Entre os fabricantes que marcaram presença no encontro técnico, o comentário era o de que a indústria está em seu limite de custos. Eles alegam que, caso seus clientes decidam ser mais agressivos no leilão, oferecendo tarifas mais baixas pelo preço do MWh, não poderão abaixar os preços. “É uma preocupação, mas temos que ver o que vai acontecer”, disse um deles, que pediu para não ter o nome divulgado.
Fato é que toda a indústria eólica estabelecida no país se movimenta em torno de novos investimentos, como ampliação de plantas. A GE por exemplo, estuda a implantação de uma fábrica de naceles (parte da turbina eólica) no Brasil. “O BNDES está totalmente correto. Mas agora eles têm que considerar, junto com o governo, a nova realidade que se desenha”, analisou o diretor de vendas da GE Wind Latin America, Sérgio Souza.
“Os grandes fabricantes vão se se adaptar à nova realidade, mas o país tem um desafio nos próximos anos, que é o desenvolvimento dessa cadeia produtiva”, disse durante o debate, o gerente comercial da Impsa, Paulo Ferreira. “Também queremos essa cadeia produtiva sustentável, mas também temos um prazo curto para cumprir”, emendou Warwick David Heaney, gerente tecnológico da Vestas.
Apesar dos novos desafios do mercado, um dos executivos presentes lembrou que o BNDES está disposto a oferecer uma espécie de “bônus“ para aqueles fabricantes que aprimorarem suas linhas de produção além do exigido, o que seria um fator positivo, porém outro ponderou que “o governo tem que se conscientizar que não dá para ter a energia eólica mais barata do mundo fabricando tudo no Brasil”.
De acordo com Élbia Mello, dos 30GW inscritos nos dois leilões, 16GW - ou seja, mais da metade - correspondem a projetos eólicos.
Fonte: Jornal da Energia 29/11

Energia solar pode ser alternativa para pequenas comunidades do AM

Representantes da Eletrobras Amazonas Energia e de empresas internacionais avaliaram na manhã desta quarta-feira (28) formas de geração de energia e distribuição de energia renovável para tirar comunidades do Estado do 'isolamento elétrico'.
As discussões fizeram parte do painel 'Avanços de Projetos de Micro e Minigeração Distribuída e os Principais Desafios na Adaptação das Novas Normas e do Net Metering no País', do Simpósio Internacional de Energia Sustentável Amazonas Greenenergy, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
A assistente da diretoria de distribuição do sistema Eletrobras, Elaine França Fonseca, enumerou os principais desafios e dificuldades enfrentados na região amazônica, mas garantiu que a empresa tem projetos específicos para vencer as peculiaridades do Amazonas. "Um exemplo é o projeto de P&D no valor de R$ 22 milhões que está sendo executado no município de Parintins. Trata-se de um programa de demonstração que pode ser aplicado em outros municípios", explicou.
Ela esclareceu também que ao longo do projeto serão instaladas seis distribuidoras, além da implantação de modificações necessárias para que o sistema elétrico seja bem executado. Entre as alterações estão: implantação da medição inteligente; automação e distribuição de energia e dados por meio de cabos de fibra ótica em toda a cidade; geração distribuída igualitariamente e instalação de quatro torres de comunicação, via rádio, para garantir a comunicação entre os medidores com monitoramento por imagem.

Combate ao isolamento
Elaine Fonseca relatou que já há geração solar distribuída em Parintins desde junho deste ano. "Estamos em negociação com o fórum do município para instalarmos um painel de geração solar", contou. Já o gerente de negócios da empresa Dresse-Rand Guascor, Marcelo Pinho, ponderou que o Brasil está tecnologicamente avançando no processo de geração de energia solar de qualquer parte do território nacional. "Tecnologicamente, temos condições de instalar energia solar em comunidades, mas o que acontece é que a iniciativa privada está voltada para o comércio", afirmou.
De acordo com o coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima) da SDS, João Henrique Souza Talocchi, atualmente 27 municípios do Amazonas têm o consumo de energia baixo e o ideal seria atendê-los com energia solar. "Ainda temos muitas comunidades com dificuldades de acesso à energia baseadas em geradores a diesel que possuem um custo social, ambiental e econômico muito alto. Estamos tentando incentivar o uso de energias renováveis, como energia solar, microusinas hídricas, usinas eólicas e biomassa para auxiliar essas comunidades", completou.
Fonte: G1 Amazonas - 28/11

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Workshop: “Ligado em Energia Solar” – São Paulo/SP

O DASOL e o PROCOBRE realizarão workshops da campanha “Ligado em Energia Solar” em 5 cidades brasileiras com abordagem de cases de sucesso. Essa iniciativa vem com o objetivo de apresentar sistemas de aquecimento solar com a utilização e aplicação do cobre.
Campanha “Ligado em Energia Solar” vem trazer para os profissionais do setor de aquecimento conhecimento e curiosidades nas instalações feitas em hotel, restaurante, hospital e entre outras instalações com a aplicação do cobre.

Público alvo:
Engenheiros civis e eletricistas, arquitetos, construtores e técnicos em obras civis, empresários e empreendedores da construção civil e da indústria e comércio de sistemas e equipamentos para aquecimento solar, ambientalistas, professores universitários e pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação em áreas ligadas, direta ou indiretamente, ao aquecimento solar, além de funcionários e dirigentes públicos envolvidos nas questões ligadas à habitação, ao meio ambiente e às fontes energéticas.

Programa Preliminar (sujeito a alterações):
8h às 9h: Credenciamento
9h às 9h30: Abertura
Apresentação institucional dos agentes envolvidos (RESOLVER, ABRAVA-DASOL, PROCOBRE, PBE, QUALISOL).
9h30 às 10h30: Informações básicas do projeto
Geometria solar, informações básicas para projeto e perfil de utilização, software Dimensol.
10h30 às 11h45: Intervalo para o Coffee Break
11h45 às 13h: Apresentação dos Cases de Sucesso (aplicação do aquecimento solar)
O conteúdo abordado pelos cases será objetivo/desafio, premissas para o projeto, realizando o projeto, utilização do Dimensol, seleção de equipamentos, instalação dos equipamentos, manutenção, econômica e pay-back.
13h: Encerramento, exceto no dia 26/09 que está programado para as 18h.

Local: São Paulo/SP
Endereço: Auditório ABRAVA-SP – Av. Rio Branco, 1492 – Campos Elíseos – São Paulo/SP
Data: 04/12/2012
Horário: 9h às 13h

Investimento:
Preço: R$ 50,00
Preço para estudante: R$ 25,00 (será exigido documento para comprovação).
Serão fornecidos material, certificado e coffee-break.

Para mais informações:
Entrar em contato com Natália Okabayashi / Nathalia Moreno pelo telefone (11) 3361-7266 ramais 142 / 144, e-mailcursos@dasolabrava.org.br.

ATENÇÃO: Em caso de desistência ou não comparecimento do aluno o valor do curso pago não será devolvido.
Fonte: Dasol

CPFL Energia inaugura maior usina de energia solar do Brasil

A CPFL Energia inaugurou nesta terça-feira (27/11) a Usina Tanquinho , a primeira usina de energia solar do estado de São Paulo e a maior do Brasil. Localizada em uma área de 13 mil metros quadrados da Subestação Tanquinho, distribuidora do Grupo CPFL, em Campinas, a usina deve gerar aproximadamente 1,6 GWh/ano – o suficiente para abastecer mensalmente 657 clientes com um consumo médio de 200 KWh, informa a companhia.
O projeto, que absorveu investimentos de R$ 13,8 milhões em pesquisa e desenvolvimento, foi aprovado no final do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sendo que CPFL Renováveis, subsidiária do Grupo CPFL, será a responsável pela gestão e operação da usina. Ao todo, foram necessários oito meses aplicados em pesquisas, que deverão continuar ainda até março de 2015, quando a CPFL deverá propor à Aneel arranjos técnico-comerciais para a inserção da geração fotovoltaica na matriz energética brasileira.
“A demanda de energia solar ainda é incipiente no Brasil, mas deverá se consolidar nos próximos dois anos”, comentou em nota Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL Energia. “O potencial é enorme, pois somos um dos países de maior índice de insolação do mundo”, completa o executivo. Para ele, o segmento pode ser impulsionado por alguns ajustes na regulação do setor elétrico e por incentivos que estimulem indústrias de painéis solares fotovoltaicos a abrir fábricas em território brasileiro.
A CPFL Energia, que investe anualmente cerca de R$ 32 milhões em pesquisa e desenvolvimento, já está desenvolvendo outros três projetos cooperados de geração de energia solar. “Acreditamos que projetos de geração de energia com fontes limpas são fundamentais para garantir o suprimento futuro e o crescimento do país e queremos consolidar nossa liderança na geração de energia a partir de fontes renováveis”, contou Ferreira Jr.
O evento foi um dos marcos comemorativos do centenário da companhia e contou com as presenças do secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, e do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, além de dirigentes da empresa e autoridades locais.
Fonte: Jornal da Energia 27/11

Projetos de eólica, nuclear, biomassa e solar já podem emitir debêntures de infraestrutura

Projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em energia eólica, nuclear, biomassa e solar já podem ser enquadrados como prioritários e, sendo assim, poderão dispor de uma nova fonte de captação de recursos, por meio da emissão das debêntures de infraestrutura. A determinação consta na Portaria Interministerial 868, de 21 de novembro de 2012, publicada na edição desta sexta-feira (23/11) do Diário Oficial da União.
A cadeia industrial de energia também pode ter sido alcançada pela norma do governo, já que está previsto o enquadramento como prioritário de projetos de bens de capital para infraestrutura. Segundo a portaria, poderão ser incluídos os "projetos de investimento na produção intensiva em PD&I de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para incorporação em obras de infraestrutura, destinadas ao sei ativo imobilizado".
Para fazer jus ao instrumento de captação, a Sociedade de Propósito Específico (SPE) deverá requerer ao Ministério de Minas e Energia, por meio do Financiamento de Estudos e Projetos (Finep) a aprovação do projeto como prioritário.
Os projetos hidrelétricos já tinham autorização para usufruir desse benefício. No início de outubro, as usinas Santo Antônio (3150 MW) e Ferreira Gomes (252 MW) foram as primeiras a serem enquadradas como empreendimentos prioritários.

Facilidade
Ao fazer uso dessa modalidade, a companhia emissora consegue captar recursos financeiros mais facilmente, à medida que esse tipo de papel desperta maior interesse do mercado. Isso porque quem as adquirir, não terá os respectivos rendimentos incididos no imposto de renda (IR) para pessoa física.
Também são oferecidos incentivos à compra desse tipo de debêntures por empresas inscritas no Simples Nacional e fundos de investimento em infraestrutura, que também têm redução nas alíquotas do IR.
A modalidade foi adotada pelo governo a fim de alavancar o setor de infraestrutura, que pode utilizar os recursos captados para fazer novos investimentos no setor.
Fonte: Jornal da Energia 23/11

Túnel solar gigante abastece linha de trem na Bélgica

O projeto é grandioso e já está funcionando a mil por hora. Criado pela empresa Enfinity, o túnel gigante solar abastece uma linha de trem na Bélgica. A base metálica, com duas milhas de extensão, possui 16 mil painéis fotovoltaicos responsáveis pela geração da metade da energia necessária para manter o local a todo vapor — sem alusão alguma aos tempos das locomotivas.
A ideia de se colocar painéis solares na base metálica só veio após a construção da base, que teria a finalidade apenas de evitar o abatimento de árvores muito antigas e preservadas que cercavam as linhas férreas.
Com esse pensamento, além de fornecer energia de forma eficiente, o túnel acaba protegendo as árvores.
Fonte: Blog EnergiasRenovaveis2012.tumblr.com

Empresa israelense cria sistema flutuante de captação de energia solar

Módulos conectados que flutuam em qualquer tipo de água convertem luz do sol em energia de forma mais eficiente por manter o silício frio. (Imagem:Divulgação)
A empresa israelense Solaris Synergy, localizada no Har Hotzvim Industrial Park, em Jerusalém, criou uma alternativa mais barata e viável de captação de energia solar. Um sistema flutuante que dispensa a necessidade de grandes fazendas solares em terra firme.
O dispositivo resolve dois grandes inconvenientes da captação de energia solar: diminui consideravelmente o uso de silício, que converte luz em eletricidade, mas é muito caro, e elimina a necessidade de grandes extensões de terra para captação. O sistema pode operar em água doce, salgada ou na superfície de águas residuais.
Ao resolver ambos os problemas e introduzindo benefícios colaterais inesperados, o Solaris Synergy ganhou o primeiro lugar no concurso Israel National Cleantech Open IDEAS Competition, na Universidade Tel Aviv, e no Instituto Akirov para negócios e meio ambiente, em novembro. Patrocinadores da competição internacional objetivam encontrar, financiar e fomentar ideias empreendedoras que tratam da energia mundial, do meio ambiente e da economia.
Chamado de Solaris Floating Concentrating Photovoltaic (F-CPV), o dispositivo é fabricado em plástico leve e fibra de vidro e utiliza apenas 5% de silicone.
Na sede do Solaris, em Jerusalém, o co-fundador e CEO da empresa, Yossi Fisher, explica que cada módulo de flutuação de concentração de energia fotovoltaica (F-CPV) é revestido com um filme curvo espelhado que concentra a luz do sol em uma linha fina. Uma vez que apenas cinco por cento da superfície necessita de uma capa de silício, o Solaris usa relativamente pouco do material caro.
"Por não usarmos muito silício, temos bastante dinheiro para os espelhos e outros materiais de construção, e ainda permanecer rentável", explicou Fisher a um canal de televisão israelense. Além disso, a produção do silício libera contaminantes no ar, portanto, quanto menor for o uso, melhor será para o meio ambiente.
Evitando a necessidade de grandes campos para ser instalado, o Solaris foi projetado para ficar na água. Uma grade de módulos conectados, fabricada em plástico leve e fibra de vidro, facilitam a flutuação do invento. Além de poupar imóveis valiosos, ele funciona como uma tampa de reservatório respirável que reduz significativamente a evaporação e elimina o crescimento orgânico e algas.
Para manter os raios focados na linha de silício, a grade gira lentamente enquanto segue o movimento do sol ao longo do dia. Um pequeno motor pode alimentar essa rotação já que a água elimina o atrito.
Um sofisticado acompanhamento de sol guia um controlador remoto, que também modera o sentido do movimento e da velocidade do motor. Uma antena envia todos os dados do controlador através de uma linha de celular para um servidor central e alerta a equipe técnica para potenciais problemas.
Cada grade dos módulos gera 200 kW, e podem ser configurados para caber em qualquer reservatório, lago ou lagoa. "Há uma enorme quantidade de águas interiores no mundo, e muitos corpos d’água confinados estão localizados em áreas com isolamento solar excelente", diz Fisher. O sistema funciona melhor em áreas de sol forte, como a África, Ásia, Austrália, países do Mediterrâneo e do Sul e outros locais próximos à linha do Equador.
O fundador da empresa explica que se a tecnologia fosse instalada nos mais de 400 reservatórios de águas residuais recicladas de Israel, o país conseguiria realizar seu objetivo de gerar de 10 a 20% de sua energia proveniente de fontes renováveis até 2020.
A colocação do F-CPV na água oferece outra vantagem, a água que fica abaixo da grade mantém o silício a uma temperatura baixa, e o silício mais frio converte a luz em energia de forma mais eficiente. Isso representa um problema para os fabricantes de painéis convencionais. Temos o único silício frio em todo o mundo", diz Fisher," e nós estamos gerando energia superior a 20% mais eficiente por causa disso."
A empresa, fundada há dois anos, tem um protótipo em funcionamento no telhado da sua sede e instalará um projeto piloto em 2011 sob a estrutura da Mekorot, a autoridade de água de Israel. A instalação de um segundo piloto está prevista para um reservatório perto de Marselha, em cooperação com a empresa elétrica da França, parcialmente financiada pelo programa conjunto “Israel-European R&D project Eureka.”
"Israel é um país muito conveniente para começar idéias", comemorou Fisher. O Solaris foi financiado com 300.000 dólares em investimentos privados e duas bolsas de R&D do Ministério de Infraestrutrua de Israel. "Temos boa infra-estrutura industrial, pessoas brilhantes e um governo que apoia as empresas nos estágios R&D. Mas quando você passar a fase de R&D você tem de emparelhar com um gigante corporativo para ser bem sucedido e, infelizmente, não existem muitos gigantes como em Israel", conclui ele.
Fonte www.Ciclovivo.com.br

domingo, 25 de novembro de 2012

Brasil pode liderar tecnologia em energia oceânica, prevê especialista

Durante o Congresso Brasileiro de Oceanografia, ocorrido semana passada, no Rio de Janeiro, o professor de Estruturas Oceânicas da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, disse em entrevista ao Terra que, em um período entre 10 e 20 anos, o Brasil poderá virar referência mundial em pesquisas de energia renovável e não poluente.
Para o coordenador de pesquisas sobre energias advindas das ondas e marés, que coordenou uma das mesas de debates do evento, com a escassez de outras fontes como o petróleo, e com a cobrança por energia limpa, está definitivamente traçado o caminho para o desenvolvimento dos estudos nos oceanos.

Confira a seguir a entrevista completa:
Terra - Quais os principais pontos a se destacar com relação à obtenção de energias vindas de marés e oceanos?
Segen Estefen - O ponto principal a se destacar é que o Brasil tem uma grande oportunidade de desenvolver tecnologia de classe mundial nessa área. E isso se deve, em parte, à experiência que nós temos de pesquisa, desenvolvimento e inovação oriunda da produção de petróleo e gás em águas profundas. Se soubermos usar bem essa tecnologia disponível e a transferirmos para energias renováveis dos oceanos, poderemos ser líderes desta tecnologia num período entre 10 e 20 anos.

Terra - Qual a importância de se aprofundar essas pesquisas de energias vindas do oceano com relação à questão econômica e também à substituição de energias que produzimos hoje?
Estefen - O Brasil é muito rico em energia, mas vamos ter que encarar uma fase, que é a fase em que as reservas de petróleo ficarão mais escassas e, mais do que isso, atingirão preços muito altos. Neste momento, haverá espaço, do ponto de vista de mercado, para as fontes renováveis. Porque elas não têm implicação no aquecimento global e vão contribuir para revertermos esse processo. Então, é importante que estejamos preparados para ter fontes de geração de energia elétrica que não sejam associadas com geração de gás do efeito estufa.
Terra - Qual o potencial para abastecimento que tem a energia captada do oceano, para, possivelmente, substituir mesmo outros métodos convencionais?
Estefen - Isso depende do país, depende das condições locais. No Brasil, nossa estimativa é que o potencial dos oceanos é de mais de 100 Gigawatts na costa brasileira, o que equivale a toda a potência instalada hoje no Brasil. Só que o aproveitamento é em torno de uns 20% disso. Então, teríamos alguma coisa em torno de 25 GW aproveitáveis já em médio prazo. Isso equivale a duas Itaipu (uma das maiores hidrelétricas do mundo, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai). Então eu acho que é importante porque o Brasil tem condição de já começar a pensar nisso.

Terra - Além da substituição do uso do petróleo, há também o caminho natural de, aos poucos, substituir as próprias hidrelétricas?
Estefen - Tem. A hidrelétrica ocupa grandes espaços. Ela é uma fonte renovável, limpa, que tem emissões relativamente baixas, mas que ocupa território, tem problemas com a população em terra e, no caso da energia do mar, o reservatório é o próprio mar. Isso é um dado interessante. Na medida em que a gente otimiza essas fazendas marinhas, elas não vão trazer impactos nem para a população nem para o meio ambiente. Ao contrário, vão trazer oportunidades de emprego para, por exemplo, pescadores artesanais.

Terra - E por que se demorou tanto a iniciar esse estudo mais profundo com relação a essas energias? Os estudos são mais difíceis?
Estefen - É, eu acho que esses estudos estão acoplados ao avanço do conhecimento. Na medida em que o homem começa a conhecer mais o mar, as potencialidades do mar, os sistemas elétricos e a proteção de estrutura, todos os avanços tecnológicos contribuem para que a gente seja mais competitivo do que era há 20, 30 anos, quando essas estruturas já até haviam sido estudadas. Mas agora elas estão voltando com mais chance e, mais do que tudo, com uma cobrança da sociedade por fontes mais limpas e renováveis e por maior sustentabilidade do planeta.

Terra - Existem países que são referência nesses estudos de energias renováveis utilizando as ondas e marés?
Estefen - Tem um que está liderando esse processo que é o Reino Unido, mas eu diria que nós também estamos com uma atuação importante. A Coppe dispõe de laboratórios de ponta e nós estamos fazendo uso desses laboratórios que foram construídos com objetivo inicial no petróleo para pensar na era pós-petróleo.
Fonte: terra.com.br 24/11

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vapor solar: energia solar super eficiente

Um painel solar fotovoltaico tem uma eficiência energética média ao redor de 15%.
Uma nova tecnologia batizada de "vapor solar" pode alcançar até 24% de eficiência energética.
O segredo está em usar nanopartículas para converter a energia solar diretamente em vapor - o protótipo pode vaporizar até água gelada.
Oara Neumann e Naomi Halas, da Universidade Rice, nos Estados Unidos, afirmam que a nova tecnologia não deverá competir inicialmente com os painéis solares.
"Há muito mais sobre energia do que eletricidade. Com esta tecnologia, estamos começando a pensar sobre a energia termossolar de uma forma completamente nova," disse Halas.
Segundo ela, o vaporizador solar está pronto para ser usado napurificação de água e no tratamento de esgotos.

Nanopartículas fotossensíveis
A eficiência do coletor termossolar deve-se às nanopartículas fotossensíveis, que convertem a luz do Sol em calor.
Quando dissolvidas em água e expostas à luz do Sol, as partículas se aquecem tão rapidamente que vaporizam instantaneamente a água ao seu redor, criando vapor, sem precisar aquecer a água até o ponto de ebulição.
Todas as leis da termodinâmica são preservadas, mas o aquecimento em nanoescala mostrou-se aproveitável em macroescala em um nível difícil de imaginar.
"Nossas partículas são muito pequenas, menores até do que o comprimento de onda da luz. Isso significa que elas têm uma área superficial muito pequena para dissipar o calor. Esse aquecimento intenso permite gerar o vapor localmente, diretamente na superfície da nanopartícula," explica Halas.
O efeito é impressionante, principalmente quando se vê água quase em ponto de congelamento - já com as nanopartículas em solução - virando vapor tão logo é posta ao Sol.

Usos da energia termossolar
Apesar da preferência das pesquisadoras por aplicações sanitárias, cerca de 90% da eletricidade mundial é produzida por vapor, seja ele criado pela queima de carvão ou por um reator nuclear.
A indústria também utiliza vapor em grande quantidade, geralmente oriundo da queima de gás natural ou óleo combustível.
Em testes no laboratório, Oara Neumann constatou que seu gerador termossolar com nanopartículas é duas vezes e meia mais eficiente do que as colunas de destilação usadas na indústria.
Outro uso potencial da energia termossolar é na alimentação de sistemas de ar-condicionado híbridos, alimentados por energia solar durante o dia e eletricidade à noite.

Bibliografia:
Solar Vapor Generation Enabled by Nanoparticles
Oara Neumann, Alex Urban, Jared Day, Surbhi Lal, Peter Nordlander, Naomi J. Halas
ACS Nano
Vol.: Accepted Manuscript
DOI: 10.1021/nn304948h
Fonte: Inovação Tecnológica

Tractebel tem cinco eólicas habilitados para emitir créditos de carbono

A Tractebel Energia comunicou ao mercado nesta sexta-feira (23/11) que cinco projetos eólicos em desenvolvimento nos estados do Ceará e Piauí foram registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU) no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
O registro habilita as usinas para a geração de créditos de carbono durante suas vidas úteis e, segundo a Tractebel, "reconhece a contribuição dos investimentos da companhia para o desenvolvimento limpo e sustentável".
As usinas Trairi, Fleixeiras, Guajirú, Mundaú e Porto do Delta têm uma capacidade instalada total de 145,5MW e o potencial de gerar energia para aproximadamente 320 mil domicílios brasileiros.
"Essa energia permite substituir o equivalente em geração termelétrica com combustíveis fósseis, reduzindo, desta forma, as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 230.000 toneladas de CO2 ao ano", afirma a Tractebel.
Fonte: Jornal da Energia 23/11

Aneel autoriza início de comissionamento de turbina da UHE Mauá

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de sua Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração, autorizou o comissionamento da unidade geradora de número dois (UG2) da hidrelétrica Mauá (361MW), instalada no rio Tibagi, nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no estado do Paraná.
Com potência de 117.360kW, a UG2 pode iniciar a operação em testes a partir de 23 de novembro. Após essa fase, o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (formado por Copel e Eletrosul e controlador da usina) poderá solicitar a operação comercial da turbina.
Fonte: Jornal da Energia 23/11

Energia à moda da casa

O ano de 2012 foi marcado por muitas medidas do Governo Federal para o setor energético brasileiro. Além do anúncio feito em setembro pela Presidente Dilma Rousseff sobre a redução das taxas de energia para residências, comércios e indústrias que vão variar entre 16% e 28% a partir de 2013, já neste ano, o brasileiro contará com mais um incentivo para economizar em sua conta e ainda, contribuir para a manutenção dos recursos não renováveis geradores de energia no país.
A Resolução Normativa (RN) 482 de 17/04/12, publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta a micro e mini produção de energia, ou seja, proprietários de residências, comércio e indústria poderão produzir sua própria energia e, a maior novidade, é que as concessionárias devem adequar seus medidores a um modelo que permita que a energia gerada e não consumida no local possa ser enviada à rede para consumo em outro ponto e gerar créditos para o consumidor na próxima fatura.
As distribuidoras de energia tem até 13/12/12 para se adequar e publicar as normas técnicas relacionadas ao novo sistema em seus endereços eletrônicos.
Entenda o Sistema de Compensação de Energia – O consumidor poderá instalar um sistema gerador de energia de fonte renovável com base em energia solar, por exemplo, com potência de até 100 kW – Microgeração Distribuída – ou central geradora com potência superior a 100 kW até 1 MW – Minigeração Distribuída – ambos conectados à rede elétrica.

Durante o mês, a unidade (casa, empresa ou indústria) é abastecida pela energia gerada por sua própria fonte sustentável de energia e a noite ou nos dias mais nublados a energia fornecida pela concessionária entra em funcionamento, complementando a energia solar. Neste período, toda energia produzida que não for consumida na unidade, entra no sistema de Compensação de Energia Elétrica, ou seja, o excedente é lançado à rede de distribuição e se torna um crédito que pode ser utilizado nas próximas faturas por até 36 meses. Para isso, o consumidor deverá trocar o medidor de energia convencional por um medidor bidirecional, que registra a energia consumida e a energia injetada na rede.
Essa energia excedente também pode ser revertida em créditos para abater o consumo de outras unidades consumidoras previamente cadastradas do mesmo proprietário ou para unidades cujos proprietários se reúnam em uma associação.
No caso do crédito exceder o valor a pagar na conta de energia, ficará estabelecida uma cobrança mínima referente ao custo da disponibilidade do sistema de distribuição.
Entendendo o Sistema Solar Conectado ou Grid Tie -Para o consumidor que pretende instalar um sistema gerador de energia de micro ou minigeração distribuída a partir da energia solar, o sistema fotovoltaico Conectado ou Grid Tie precisa de alguns componentes básicos para garantir o funcionamento:
Painel Solar é o componente responsável pela captação da luz solar e é formado por várias células fotovoltaicas que usam o silício como matéria-prima. A quantidade de painéis solares varia de acordo com oconsumo de energia. Para uma residência com consumo de 200kWh/mês são necessários de 6 a 8 painéis de 1,7 m² cada.
Já os inversores transformam a energia elétrica vinda dos painéis solares em corrente alternada para ser usada na rede doméstica. Além disso, os inversores fazem o sincronismo da energia solar com a rede elétrica e o balanço entre a fonte solar e energia da rede convencional.
Além destes componentes, uma estrutura de alumínio é responsável pela fixação dos painéis no telhado garantindo a inclinação no ângulo adequado para a melhor captação da luz solar.
A Neosolar Energia há dois anos especializou-se em soluções em energia solar e, por meio de consultorias customizadas, seja para uso doméstico, rural ou voltado para a agroindústria, consegue adequar seus produtos às mais variadas necessidades.
É a única distribuidora autorizada pela Jetion Solar – empresa chinesa com sedes nos EUA e Europa, reconhecida pela qualidade dos painéis fotovoltaicos que produz – para revenda na América do Sul e já possui kits de instalação de energia solar para micro ou minigeração distribuída a venda em seu site.
Fonte: Ambiente Energia

Setor eólico encolhe 14% na Espanha

A Associação Empresarial Eólica (AEE) divulgou nesta semana, dados sobre desempenho do setor eólico espanhol, relativos à primeira metade de 2012. De acordo com o levantamento, foram instalados 413 MW no País, significando uma queda de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado, sendo que não há perspectiva de recuperação no curto prazo.
“Os megawatts previstos devem ser instalados em 2012, não havendo projetos futuros. Além disso, os fabricantes não têm recebido novos pedidos de aerogeradores para o mercado doméstico”, analisa a associação ao citar ainda que a situação é quase insustentável, o que leva a indústria para uma reflexão sobre a viabilidade de sua permanência na Espanha.
Segundo a AEE, os parques eólicos espanhois ultrapassaram a casa dos 22GW instalados em junho passado. No primeiro semestre, nove projetos foram instalados, entre eles, o Castilla y León (144 MW), o Cataluña (119 MW) e o Murcia (50 MW). Ao todo, existem 9.000 MW projetados para novos complexos, mas a entidade ressalta que não há previsão de quando devem ser desenvolvidos.
“O setor eólico está preocupado com a reforma energética anunciada pelo governo”, comenta a associação, que menciona ainda que, segundo as informações que se tem até o momento, estão sendo consideradas medidas “impositivas” para o segmento. “Uma nova carga fiscal comprometerá seriamente a sobrevivencia do setor”, adverte a AEE.
Para se ter uma ideia, nos primeiros seis meses de 2012, a energía eólica foi responsável por 19,5% da demanda por eletricidade na Espanha, tendo produzido quase 29 mil GWh.
Fonte: Jornal da Energia 21/11

SP terá usina solar ligada à rede elétrica

A Secretaria de Energia assinará nesta semana uma ordem de serviço de R$ 13,3 milhões para a construção da primeira usina solar ligada à rede elétrica de São Paulo. O projeto, desenvolvido pela USP e pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), será implantado no Parque Villa Lobos e pretende testar a capacidade de geração de energia fotovoltaica da capital.
Em uma área de 10 mil metros quadrados que será anexada ao Parque, serão instalados 2.500 painéis solares fixos para a criação da miniusina. O empreendimento, com capacidade de 500 quilowatts, ajudará os pesquisadores a formar uma base de dados mais apurada sobre o potencial de irradiação e a produção deste tipo de energia na cidade.
“A ideia é que estas informações fiquem à disposição de pesquisadores que fazem estudos neste área. Além disso, será possível avaliar com mais precisão como a energia solar se integra à rede normal de energia elétrica”, afirma o engenheiro Rafael Herrero Alonso, do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI).
Responsável pela formatação do projeto, que terá duração de três anos, Alonso afirma que, com a usina, será possível ampliar o conhecimento já existente a partir do Atlas Solarimétrico do Brasil, divulgado em 2000. A usina estará interligada à rede pelo sistema Smart Grid, operado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que faz uma compensação automatizada de energia conforme a demanda.
Os painéis no Parques Villa Lobos fazem parte das 18 propostas de empresas do setor elétrico aprovadas no ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o objetivo de tornar a energia solar economicamente viável no País, em investimentos que chegam a quase R$ 400 milhões. A intenção é de reduzir a um terço o custo de R$ 300 por megawatt/hora atuais da energia de origem fotovoltaica – a R$ 100, estaria no mesmo patamar da energia eólica.

Visibilidade
Além da miniusina, que será construída em uma terreno desativado anexo, o projeto prevê uma microrrede de geração de energia solar para o próprio parque, com captadores visíveis ao público. Utilizando uma tecnologia desenvolvida por Alonso, seis postes serão espalhados para o fornecimento de internet Wi-Fi a partir de eletricidade solar. Outros painéis solares fixos serão instalados no pórtico principal do parque e no prédio da administração.
A experiência com nove painéis do tipo seguidor solar, no entanto, terão maior impacto visual. Segundo os idealizadores, a ideia de instalar estas placas de 5×2 metros, com capacidade de 50 quilowatts, em meio ao espaço de circulação é também aproximar o público dos mecanismos de energia renovável.
Fonte: Estadão / Blue Sol 20/11

Fontes limpas e renováveis correspondem a 83% da energia gerada no Brasil

BRASÍLIA - Desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, o Brasil aumentou em 4.244 Megawats (MW) sua capacidade geradora, com a entrada em operação de 52 empreendimentos. De acordo com balanço do programa divulgado nesta segunda-feira (19) pelo governo federal, 83% (3.525 MW) da energia agregada têm como origem fontes limpas e renováveis. A expectativa é de que outros 28.022 MW sejam agregados ao sistema a partir da conclusão de obras que já estão em andamento.
Parte da geração já agregada tem como origem a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que tem seis turbinas em funcionamento, gerando 417 MW, e 19 usinas eólicas (UEE), que agregam outros 475 MW ao sistema. Há, ainda, 23 usinas termelétricas gerando 1.711 MW.
Com as 11 hidrelétricas cujas obras estão em andamento, o sistema poderá gerar 18.702 MW a mais de energia. Estão sendo construídas também 28 termelétricas, que vão gerar 6.868 MW, e 87 eólicas com capacidade para gerar 2.291 MW.
Atualmente há 23 linhas de transmissão sendo instaladas, com uma extensão de 10.657 quilômetros. Desde o início do programa, 13 subestações de energias e 17 linhas foram concluídas, totalizando 3.308 quilômetros para a transmissão da energia gerada.
Na área petrolífera, foram assinados contratos para a construção de 21 sondas, a um custo de R$ 29 bilhões. A indústria naval contabiliza a contratação de 228 empreendimentos pelo Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante. Outros 81 já foram entregues.
O PAC 2 já investiu R$ 5,8 bilhões no setor de combustíveis renováveis, para o escoamento integrado à movimentação de álcool nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesses investimentos estão incluídas obras de instalação para coleta, armazenamento e transporte por dutos, para permitir a saída da produção por meio de portos marítimos.
Fonte: DCI 19/11

Engenheiros desenvolvem rede de energia sustentável de alto desempenho

Os engenheiros da ABB Group, renomada empresa de engenharia para automação, desenvolveram uma tecnologia de transmissão de energia, que une painéis solares, turbinas eólicas e outras fontes de energias renováveis em uma única rede. Esta tecnologia consiste em um disjuntor rápido e eficiente para linhas de alta tensão de corrente contínua (DC).
Os novos disjuntores desenvolvidos pelos engenheiros da ABB permitem que um enorme fluxo de energia correspondente ao de uma usina nuclear seja interrompido dentro de cinco milissegundos. Os equipamentos podem ser utilizados para quase instantaneamente alterar uma rota em uma grade de energia e contornar um problema. Os disjuntores podem cortar uma linha com defeito e manter as demais em funcionamento, evitando quedas de eletricidade.
As fontes de energia renováveis atuais não são suficientes para atender a uma grande demanda, já que os países teriam de instalar redes enormes para escalas mais largas de transmissão e combinar o poder das turbinas eólicas e painéis solares. Além disso, as linhas de energia convencionais utilizam corrente alternada (AC), que perde grande quantidade de energia em transmissões de longa distância.
As linhas de corrente contínua (DC) são mais eficientes para atender a longas distâncias e podem ser utilizadas de forma subterrânea e submarina, reduzindo ou eliminando a necessidade das conhecidas torres de transmissão. Mas até antes desta nova tecnologia da ABB, não era seguro conectar linhas de corrente contínua em uma rede de grande escala.
A ABB está agora desenvolvendo algoritmos para controlar seus novos disjuntores. O sistema ainda precisa trabalhar em conjunto com as linhas de corrente alternada (AC) para a distribuição de energia em comunidades locais, uma vez que não existem transformadores de baixo custo para corrente contínua (DC) para reduzir as tensões para os níveis relativamente baixos utilizados em residências e empresas. Um dos primeiros mercados para esta nova tecnologia poderá ser a Alemanha, que decidiu desligar suas usinas nucleares e hoje depende fortemente das fontes de energia renováveis.
Fonte: 180 graus 19/11

sábado, 17 de novembro de 2012

Engenheiros desenvolvem rede de energia sustentável de alto desempenho

Os engenheiros da ABB Group, renomada empresa de engenharia para automação, desenvolveram uma tecnologia de transmissão de energia, que une painéis solares, turbinas eólicas e outras fontes de energias renováveis em uma única rede. Esta tecnologia consiste em um disjuntor rápido e eficiente para linhas de alta tensão de corrente contínua (DC)
Os novos disjuntores desenvolvidos pelos engenheiros da ABB permitem que um enorme fluxo de energia correspondente ao de uma usina nuclear seja interrompido dentro de cinco milissegundos. Os equipamentos podem ser utilizados para quase instantaneamente alterar uma rota em uma grade de energia e contornar um problema. Os disjuntores podem cortar uma linha com defeito e manter as demais em funcionamento, evitando quedas de eletricidade.

Tecnologia resolve impasso de energias sustentáveis
As linhas de corrente contínua (DC) são mais eficientes para atender a longas distâncias e podem ser utilizadas de forma subterrânea e submarina, reduzindo ou eliminando a necessidade das conhecidas torres de transmissão. Mas até antes desta nova tecnologia da ABB, não era seguro conectar linhas de corrente contínua em uma rede de grande escala.As fontes de energia renováveis atuais não são suficientes para atender a uma grande demanda, já que os países teriam de instalar redes enormes para escalas mais largas de transmissão e combinar o poder das turbinas eólicas e painéis solares. Além disso, as linhas de energia convencionais utilizam corrente alternada (AC), que perde grande quantidade de energia em transmissões de longa distância.
A ABB está agora desenvolvendo algoritmos para controlar seus novos disjuntores. O sistema ainda precisa trabalhar em conjunto com as linhas de corrente alternada (AC) para a distribuição de energia em comunidades locais, uma vez que não existem transformadores de baixo custo para corrente contínua (DC) para reduzir as tensões para os níveis relativamente baixos utilizados em residências e empresas. Um dos primeiros mercados para esta nova tecnologia poderá ser a Alemanha, que decidiu desligar suas usinas nucleares e hoje depende fortemente das fontes de energia renováveis.
Fonte: Techtudo 16/11